Fábrica tinha cerca de 4 mil empregados pela empresa. Acordo coletivo foi aprovado pela ampla maioria dos empregados em votação realizada nesta quarta-feira. Proposta aprovada inclui compensação financeira adicional às verbas rescisórias.
Segundo a Ford, o acordo coletivo foi aprovado pela ampla maioria dos empregados em votação realizada nesta quarta-feira. A proposta aprovada inclui uma compensação financeira adicional às verbas rescisórias:
Empregados operacionais: 2,05 salários nominais por ano trabalhado + valor fixo adicional conforme faixas pré-definidas, com garantia de indenização mínima de R$ 130 mil.
Empregados administrativos: um salário nominal por ano trabalhado, com garantia de indenização mínima de R$ 130 mil.
De acordo com a Ford, também faz parte do acordo a concessão de seis meses de plano médico por meio do sindicato e uma remuneração adicional para empregados operacionais com restrição médica ocupacional.
Além dos itens previstos no acordo, a Ford informou que já oferece um programa de qualificação dos trabalhadores e também vai dar suporte para recolocação por meio da contratação de uma empresa especializada.
Em nota, o Sindicato dos Metalúrgicos informou que o acordo de indenização foi aprovado pelos trabalhadores do Complexo Ford, por unanimidade, em uma assembleia realizada nesta quarta-feira (12).
O grupo afirmou que quase cinco mil funcionários serão beneficiados com as verbas rescisórias, porque o acordo também envolve 16 empresas parceiras.
O sindicato também informou que com a aprovação do acordo construído entre as partes, a Ford vai abrir prazo para que os trabalhadores se cadastrem no Plano de Demissão Incentivado.
"O acordo foi negociado com muita habilidade pelo Sindicato para garantir o melhor acordo rescisório possível e isso foi referendado pelos trabalhadores na assembleia de hoje. Diante do fechamento da montadora, não nos restou outra opção a não ser lutar pelos direitos da categoria. Assim, a exaustiva negociação terminou de forma positiva", disse Júlio Bonfim, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos.
Negociações difíceis e protestos
FÁBRICA DA FORD EM CAMAÇARI/BAHIA
A Ford anunciou que encerraria a produção de veículos em suas fábricas no Brasil, em 11 de janeiro deste ano.
A decisão motivou protestos em dias distintos por parte dos funcionários da Ford, localizada em Camaçari. Foram feitas manifestações na frente da fábrica da montadora e no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador.
No dia 5 de fevereiro, a Justiça do Trabalho concedeu uma liminar que suspendia a demissão coletiva de funcionários da fábrica de Camaçari. A decisão proibia demissões até que o acordo entre a empresa e os funcionários fosse encerrado.
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